sexta-feira, 31 de maio de 2013

Lixo em todos os lugares....

Um Oceano de plástico

Durabilidade, estabilidade e resistência a desintegração.
 As propriedades  que fazem do plástico um dos produtos 
com maiores aplicações e  utilidades ao consumidor final, 
também o tornam um dos maiores vilões  ambientais. 
São produzidos anualmente cerca de 100 milhões de toneladas
de plástico e cerca de 10% deste total acabam nos oceanos, 
sendo que 80% desta fração vem de terra firme.


Foto do vórtex 






No oceano pacífico há uma enorme camada  flutuante de plástico,
 que já é considerada a maior concentração de lixo do mundo, 
com cerca de 1000 km de extensão, vai da costa da Califórnia, 
atravessa o Havaí e chega a meio caminho do Japão e atinge 
uma profundidade de mais ou menos 10 metros . 
Acredita-se que haja neste vórtex de lixo cerca de 100 
milhões de toneladas de plásticos de todos os tipos.

Pedaços de redes, garrafas, tampas, bolas , bonecas, 
patos de borracha, tênis, isqueiros, sacolas plásticas,
 caiaques, malas e todo exemplar possível de ser 
feito com plástico. Segundo seus descobridores,
 a mancha de lixo, ou sopa plástica tem quase
 duas vezes o tamanho dos Estados Unidos.
















Ocean Plastic 




O oceanógrafo Curtis Ebbesmeyer, que pesquisa esta mancha
 há 15 anos compara este vórtex a uma entidade viva, 
um grande animal se movimentando livremente pelo pacifico.
 E quando passa perto do continente, você tem praias cobertas
 de lixo plástico de ponta a ponta.



Tartaruga deformada
 por aro plástico






A bolha plástica atualmente está em duas grandes áreas
 ligadas por uma parte estreita.. Referem-se a elas como
bolha  oriental e bolha ocidental. Um marinheiro que navegou
pela área no final dos anos 90 disse que ficou atordoado 
com a visão do oceano de lixo plástico
 a sua frente. 'Como foi possível fazermos isso?' -
 'Naveguei por mais de uma semana sobre todo esse lixo'.


Pesquisadores alertam para o fato de que toda peça plástica 

que foi manufaturada desde que descobrimos este material,
 e que não foram recicladas, ainda estão em algum lugar.
 E ainda há o problema das partículas decompostas deste plástico. 
Segundo dados de Curtis Ebbesmeyer,
 em algumas áreas do oceano pacifico podem se encontrar 
uma concentração de polímeros de até seis vezes mais 
do que o fitoplâncton, base da cadeia alimentar marinha.



Todas a peças plásticas foram 

tiradas do estômago desta ave 






Segundo PNUMA, o programa das Nações Unidas para o meio ambiente,

 este plástico é responsável pela morte de mais de um milhão de aves 
marinha todos os anos. Sem contar toda a outra fauna que vive 
nesta área, como tartarugas marinhas, tubarões,
 e centenas de espécies de peixes.



Ave morta com o estômago

 cheio de pedaços de plástico 






E para piorar essa sopa plástica pode 

funcionar como uma esponja, que concentraria todo tipo de poluentes 
persistentes, ou seja, qualquer animal que se alimentar nestas regiões
 estará ingerindo altos índices de venenos, que podem ser introduzidos,
 através da pesca, na cadeia alimentar humana, fechando-se o ciclo,
 na mais pura verdade de que o que fazemos à terra retorna à nós,
 seres humanos.

Fontes: The Independent,
 Greenpeace e Mindfully

Repensemos sobre os nossos valores e, principalmente,
 sobre o nosso papel frente a cadeia alimentar em que vivemos.


Antes de Reciclar, reduza!

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